ACORDO DE PARIS

UE descarta ''volta atrás'' no acordo sobre o clima

O presidente da Comissão Europeia disse que não há possibilidade de voltar atrás no acordo de luta contra as mudanças climáticas, após a retirada dos EUA

AFP
Cadastrado por
AFP
Publicado em 02/06/2017 às 7:04
Foto: THIERRY CHARLIER / AFP
O presidente da Comissão Europeia disse que não há possibilidade de voltar atrás no acordo de luta contra as mudanças climáticas, após a retirada dos EUA - FOTO: Foto: THIERRY CHARLIER / AFP
Leitura:

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou nesta sexta-feira (2) que não há possibilidade de volta atrás no acordo de luta contra as mudanças climáticas, após a retirada dos Estados Unidos anunciada na véspera.

"Não há volta atrás na transição energética. Não há volta atrás no Acordo de Paris", afirmou Juncker antes da abertura de uma reunião de cúpula entre a União Europeia (UE) e a China em Bruxelas, na presença do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.

O presidente americano Donald Trump anunciou na quinta-feira que "os Estados Unidos cessarão toda a implementação do Acordo de Paris não vinculativo e os encargos financeiros e econômicos draconianos que o acordo impõe", mas deixou a porta aberta para renegociar um novo pacto.

O anúncio, que provocou decepção em todo o mundo, foi feito na véspera de uma reunião sobre comércio e clima entre UE e China em Bruxelas, onde as autoridades aproveitarão para reafirmar o apoio ao Acordo de Paris.

China e União Europeia

Para Juncker, a "liderança conjunta" da China e da UE proporciona "a negócios, investidores e cientistas" em todo o mundo "a certeza que precisam para construir uma economia global com menos carbono".

A seu lado, Li destacou a necessidade de "manter as regras, especialmente as multilaterais". 

"Neste mundo, estaremos em uma selva sem regras. A China sempre respeita as regras multilaterais, incluindo as regras da Organização Mundial do Comércio", disse.

China e Estados Unidos representam em conjunto quase 40% das emissões de gases que provocam o efeito estufa. O compromisso dos dois países foi crucial para a assinatura do Acordo de Paris, em dezembro de 2015.

Últimas notícias