O principal grupo de empresários do Panamá, a Câmara de Comércio, Indústrias e Agricultura do país, pediu nesta segunda-feira (5) que a Corte Suprema de Justiça resolva, "o mais rápido possível", os recursos apresentados pelos envolvidos no caso da Odebrecht, cuja existência supostamente impede que prisões preventivas sejam decretadas. A informação é da Agência EFE.
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"Apelamos para que as ações interpostas perante a Corte Suprema de Justiça sejam resolvidas o mais rápido possível para que as investigações avancem", diz, em comunicado, a Câmara de Comércio.
A procuradora-geral do Panamá, Kenia Porcell, disse na semana passada que são 36 réus, no caso de corrupção da multinacional brasileira, mas qye nenhum está em prisão preventiva, como ocorre em outros países, porque existem pelo menos 10 recursos não resolvidos, entre os quais, vários pedidos de habeas corpus.
"Tudo que tem a ver com as alegações de corrupção é assunto sensível e de interesse nacional, portanto, merece atenção prioritária, pois se trata dos nossos recursos econômicos e da decência do país", diz a nota dos empresários.
Para a Câmara de Comércio, é "inaceitável" que alguns setores da sociedade panamenha "tentem minar os avanços obtidos e as ferramentas de negociação colocadas à disposição do Ministério Público", como a recente aprovação de uma lei que permite acordos ou delação premiada.
PROCESSOS
A Promotoria panamenha analisa 24 investigações sobre a Odebrecht com pelo menos 36 envolvidos, entre eles dois filhos do ex-presidente Ricardo Martinelli, Ricardo Martinelli Linares e Luis Enrique Martinelli Linares, que estão sendo procurados internacionalmente.