Um dos três autores do ataque de Londres era um pai "simpático" de duas crianças que "de repente mudou de atitude, agindo de forma diferente como de costume", informaram nesta segunda-feira à AFP vizinhos do bairro onde morava, alvo de várias operações da polícia.
Leia Também
- Novas detenções na investigação do atentado de Londres
- O que se sabe até agora do atentado de Londres
- Saiba quem são as vítimas do atentado de Londres
- Estado Islâmico reivindica atentado de Londres
- Autor de ataques em Londres é de origem paquistanesa, segundo agentes
- Feridos do atentado em Londres estão em estado crítico
- Prefeito de Londres tem coisas importantes a fazer que responder Trump
- Os minutos do terror no sábado à noite em Londres
- Trump sobre ataques de Londres: "parem de ser politicamente corretos"
- Trump critica prefeito de Londres por declaração após atentados
- Doze detidos por atentado de Londres; May culpa o extremismo islâmico
Os três responsáveis pelo ataque de sábado à noite, que deixou sete mortos e 48 feridos, foram mortos pela polícia. A imagem de um deles, apresentado como o líder do grupo, estampava nesta segunda-feira as primeiras páginas dos jornais britânicos.
Na foto aparece um homem de barba, cabeça raspada, deitado no chão depois de ser morto. Ele veste calça camuflada e o que parece ser um cinto de explosivos, que era falso, segundo a polícia que pediu aos veículos de imprensa que não divulgassem a sua identidade para não atrapalhar a investigação.
"Seu nome é Abdul, nós o chamávamos de Abs no ginásio local", relatou à AFP Michael Mimbo, um jovem morador do bairro multiétnico de Barking, no leste da Grande Londres, onde vários buscas e prisões foram realizadas.
Segundo ele, o agressor era originário do subcontinente indiano.
Perto dali, Salahudeen, um instrutor de auto-escola de 40 anos se lembra bem dele.
"Ele era visto com frequência por aqui. Era simpático, mas de repente mudou seus hábitos, já não agia como de costume. Ele não era agressivo. Mas, ultimamente, não falava mais do que um olá-adeus", disse ele à AFP.
"Ele tinha dois filhos, um de cerca de três anos e uma bebê recém-nascida de apenas duas semanas", revelou.
Após mudar-se para o bairro habitado principalmente por famílias da classe trabalhadora "há cerca de um ano", era alguém que "amava as crianças" e que "jogava futebol no parque".
Prisões após atentado
A polícia realizou 12 prisões no domingo em Barking e "mais algumas" nesta segunda-feira em duas novas operações em Newham e Barking.
No domingo foram presos sete mulheres e cinco homens com entre 19 e 60 anos. Um homem de 55 anos foi liberado sem acusação.