Donald Trump garantiu nesta sexta-feira (9) estar "100% pronto" para testemunhar sob juramento a respeito da investigação sobre suas relações com a Rússia e negou ter pedido ao ex-diretor do FBI James Comey que encerrasse a investigação sobre seu ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn.
"Francamente, James Comey confirmou muitas coisas que eu havia dito, e algumas coisas que ele expôs não são verdadeiras", comentou o presidente dos EUA em entrevista coletiva hoje na Casa Branca, referindo-se ao demolidor testemunho de Comey quinta-feira (8) no Senado.
Em seu depoimento, o ex-diretor do FBI acusou o presidente Trump de mentir para os americanos.
Na conversa com a imprensa, Trump descartou qualquer conluio de sua equipe de campanha com a Rússia. Negou ainda que tenha havido, de sua parte, tentativa de obstrução de Justiça na investigação sobre o general Flynn.
Ao ser questionado sobre o pedido que teria feito a Comey para que "se esquecesse" de Flynn, Trump foi enfático: "Não disse isso. Repito: não disse isso. E, se tivesse dito, não teria feito nada de errado, de acordo com o que li hoje".
Ao mesmo tempo, disse estar "100%" disponível para prestar um testemunho sob juramento ao procurador especial e independente designado para investigar o papel da Rússia nas eleições americanas de 2016, Robert Mueller.
"Ficarei feliz de poder lhe dizer (a Mueller) o mesmo que estou dizendo agora", declarou Trump.
Ele garantiu que o país "saberá em breve" se existem, ou não, gravações de suas conversas com Comey na Casa Branca.
Fiel a seu estilo, Trump começou a sexta-feira no Twitter, onde atacou Comey por ter vazado informações confidenciais para a imprensa. "UAU! Comey é um informante!", tuitou.
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Nesta sexta, uma fonte da equipe jurídica da Casa Branca, que pediu para não ser identificada, disse que a Presidência apresentará nos próximos dias uma reclamação formal ao inspetor-geral do Departamento de Justiça pela conduta de Comey.
"Também haverá uma queixa formal à Comissão de Assuntos Judiciários do Senado", acrescentou a fonte.
Desde a posse do republicano, em 20 de janeiro, o governo é atormentado diariamente por vazamentos para a imprensa de informações sensíveis do círculo íntimo do poder. Trump já reclamou disso no Twitter.