Autoridades europeias demonstraram preocupação com o eventual impacto do resultado da eleição geral do Reino Unido nas negociações sobre o "Brexit" - como é conhecido o processo para a retirada do país da União Europeia -, e pediram que as conversas tenham início o quanto antes.
Na disputa eleitoral de ontem, o Partido Conservador da primeira-ministra britânica, Theresa May, continuou sendo o principal grupo político no Parlamento, mas perdeu sua maioria absoluta.
Em Berlim, uma porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou hoje que o governo da Alemanha espera que as discussões sobre o Brexit comecem em breve.
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Já Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, deixou claro que continuará seguindo o cronograma do Brexit, que prevê o fim das negociações num período de dois anos, ou seja, até o fim de março de 2019.
"Não sabemos quando as conversas do Brexit começam. Nós sabemos quando devem terminar. Façam o possível para evitar a falta de um acordo, como resultado da falta de negociações", disse Tusk no Twitter.
O principal negociador da UE para o Brexit, Michel Barnier, pediu que as discussões comecem em 19 de junho e adiantou que ele e sua equipe já estão divulgando suas posições. Em mensagem no Twitter, porém, Barnier reconheceu que a data exata para o início das conversas está indefinida.
"As negociações do Brexit devem começar quando o Reino Unido estiver preparado; o cronograma e as posições da UE são claras. Vamos nos concentrar em chegar a um acordo", afirmou Barnier na rede social.
O Reino Unido notificou oficialmente sua intenção de deixar a UE em março, dando início ao processo de dois anos para o rompimento com o bloco. Recentemente, Barnier tem defendido que esse tempo é curto para negociar os termos da separação e as condições das futuras relações entre Reino Unido e UE.