A Polícia Metropolitana de Londres já identificou seis das 17 vítimas que morreram após um incêndio que ocorreu em um conjunto habitacional de Londres. O nome de uma das vítimas foi divulgado por meio de uma associação de ajuda à Síria. O estudante de engenharia civil Mohammed Al Haj Ali, de 23 anos, um dos inúmeros refugiados sírios por conta da guerra civil que assola o país há seis anos.
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"Seu sonho era poder voltar algum dia ao seu país para reconstruir a Síria", informou a associação em um comunicado. "Mohamed fez uma viagem perigosa para fugir da guerra e da morte da Síria, antes de encontrá-la aqui, no Reino Unido, em sua própria casa. Mohammed veio a este país por sua segurança e o Reino Unido fracassou na hora de protegê-lo", acrescentou.
"Ele estava tentando falar com seus parentes, mas não conseguiu contato por conta da situação que se encontra na Síria. Ele não via sua família há quatro anos. Quando o fogo atingiu seu apartamento, ele pediu para que um amigo, com quem conseguiu contato, passasse sua mensagem de despedida a sua família", completou o comunicado.
Al Haj Ali morava no 14º andar do edifício consumido pelas chamas e cursava engenharia civil na West London University. Omar, seu irmão mais velho e que estava junto com ele no momento da tragédia, sobreviveu e foi socorrido para um hospital da cidade. Uma campanha foi iniciada para conseguir fundos para trazer os pais de Mohammed até o Reino Unido para acompanhar o funeral do filho.
Vítimas fatais ainda se encontram no prédio
Os bombeiros prosseguiam nesta quinta (15) com a busca de corpos no prédio destruído. O novo balanço subiu para 17 mortos. seis mortos encontrados no exterior da torre foram identificados, enquanto os de outras 11 vítimas fatais continuam dentro do prédio.
"Há um risco de que não conseguiremos identificar todas as vítimas", afirmou o comandante da Polícia Metropolitana de Londres, Stuart Cundy.
As autoridades acreditam que o balanço de mortos aumentará à medida que os bombeiros avançarem no interior do prédio carbonizado, pois há famílias sobre as quais nada se sabe.
A comandante dos bombeiros de Londres, Dany Cotton, disse que há partes do prédio que não são seguras e que levará tempo - semanas ou até meses - para inspecionar todos os andares.
"Há um número desconhecido de pessoas dentro do prédio, mas seria um milagre que estivesse alguém vivo", explicou à Sky News.