A ONU calcula em mais de 100.000 o número de civis iraquianos retidos na área sob controle do grupo extremista Estado Islâmico (EI) na área antiga de Mossul, norte do Iraque.
Leia Também
- Exército russo verifica possível morte do líder do Estado Islâmico
- Estado Islâmico toma controle da última fortaleza afegã de Bin Laden
- Egito acusa Catar de pagar US$ 1 bi de resgate ao Estado Islâmico
- Estado Islâmico se reorganizou e está 'focado' em atacar a Europa
- Estado Islâmico reivindica atentados em Teerã
- Estado Islâmico reivindica atentado de Londres
- Forças paquistanesas matam mais de 10 combatentes do Estado Islâmico
- Curdos: batalha pela capital do Estado Islâmico deve iniciar "em dias"
"Mais de 100.000 civis podem estar retidos na área antiga... Estes civis são usados essencialmente como escudos humanos", afirmou o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados no Iraque, Bruno Geddo, em uma entrevista coletiva em Genebra.
Forças iraquianas
As forças iraquianas prosseguem os combates para tentar retomar do EI a área antiga de Mossul. A cidade, conquistada pelos jihadistas em meados de 2014, se tornou o reduto do grupo no Iraque.
Geddo explicou que o EI capturou civis fora de Mossul e os forçou a seguir para a área antiga.
"Sabemos que o EI pegou muitos civis que tentavam fugir dos combates", completou.
Desde o início da ofensiva contra Mossul, em outubro do ano passado, 862.000 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas, mas 195.000 retornaram depois que as forças iraquianas reconquistaram a zona leste da cidade.
No total, 667.000 civis de Mossul continuam afastados de suas residências e moram com famílias de acolhida ou nos 13 acampamentos para refugiados criados pela ONU.