O pernambucano André Carneiro Leão, residente em Portugal, falou sobre a grande apreensão causada em Portugal após o incêndio florestal que causou a morte de 61 pessoas no País. André é defensor público da União e reside há um ano em Coimbra, cidade localizada a cerca de 40 km de Pedrógrão Grande, local mais afetado pelas chamas.
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"Nossa casa amanheceu cheia de cinzas, foi um incêndio muito grande. Os feridos estão sendo trazidos para o hospital daqui de Coimbra, porque é referência em Queimados e é o maior hospital que fica perto de lá. O problema é que o fogo ainda não está controlado", declarou o pernambucano.
André contou ainda que a tragédia foi o principal assunto da cobertura jornalística em Portugal."Estamos acompanhando muitas das informações pela TV. O dia todo foi repleto de reportagens sobre o incêndio", declarou. O primeiro-ministro português, Antonio Costa, classificou o incêndio florestal deste domingo como "a maior tragédia" que o País viveu e décadas.
"A maioria das pessoas morreu em seus carros, na tentativa de escapar do incêndio. E além dos mortos e feridos, muitas famílias que moravam nas aldeias perderam tudo. São imagens muito tristes", concluiu.
Época propensa para incêndios florestais em Portugal
Como na maior parte dos países localizados no Mediterrâneo, Portugal se torna bastante propenso a incêndios florestais nos meses secos do verão. Outros quatro pontos de incêndios significativos atingiram diferentes áreas de Portugal durante o domingo, mas o de Pedrógão Grande foi responsável por todas as mortes.
O maior registro de mortes por causa de incêndios florestais em Portugal ocorreu em 1966, quando 25 soldados morreram tentando combater o fogo. Em agosto passado, incêndios ocorridos em diversos pontos do país deixaram quatro mortos.