Os chanceleres da Organização dos Estados Americanos (OEA) suspenderam nessa segunda-feira (19) a reunião de consulta sobre a crise da Venezuela. Eles não conseguiram os 23 votos necessários para aprovar uma resolução sobre a situação. A informação é da Agência EFE.
Após sessão de quatro horas e suspensão por uma hora, o chanceler da Guatemala, Carlos Raúl Morales, propôs a continuidade da reunião em data a ser fixada pela via diplomática. "Temos que continuar o diálogo" para tentar gerar um consenso, afirmou Morales, que declarou a sessão suspensa sem que nenhum dos países-membros se opusesse.
Nenhuma das duas declarações sobre a crise da Venezuela, apresentadas nessa segunda-feira na reunião de chanceleres, realizada no balneário de Cancún, obteve os 23 votos necessários.
A proposta negociada por um amplo grupo de países, que pedia o cancelamento da Assembleia Nacional Constituinte na Venezuela, fracassou ao obter 20 votos a favor, oito abstenções, cinco contra e uma ausência - a da Venezuela.
A outra iniciativa, de São Vicente e Granadinas, menos crítica em relação ao governo de Nicolás Maduro, teve oito apoios, 11 abstenções, 14 contra e uma ausência - também a Venezuela. Inicialmente seria votada apenas a proposta negociada pelo grupo amplo. Morales, o presidente da reunião, tinha assegurado que esse texto tinha número suficiente de apoio para seguir adiante.
Além disso, disse que a proposta de São Vicente e Granadinas, em nome da Comunidade do Caribe (Caricom), tinha sido retirada, da mesma forma que outro texto, o mais duro dos três, impulsionado pelos Estados Unidos, o México, Canadá, o Panamá e Peru. No entanto, após intervalo de mais de uma hora para estudar a proposta sobre a Constituinte, que teoricamente tinha apoio suficiente, Morales convocou a votação do texto e também o da Caricom. Para a aprovação de texto em uma reunião de chanceleres, são necessários os votos de 23 nações, dois terços dos 34 Estados representados na reunião (todos os do continente, exceto Cuba).
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