O enorme incêndio de proporções sem precedentes que matou 64 pessoas e deixou mais de 200 feridos na região central de Portugal "teve origem em mão criminosa", afirmou o presidente da Lida dos Bombeiros de Portugal, Jaime Marta Soares, nesta quarta-feira (21). A afirmação diverge da versão defendida pela Polícia Judiciária (PJ) que credita o início das chamas a uma trovoada que causou faíscas na floresta, dando início ao incêndio.
De acordo com Soares, o fogo começou duas horas antes do início dos raios. O presidente acredita que a trovoada apenas acrescentou ignições ao incêndio que "já era de uma violência extraordinária". "Eu tenho para mim que o incêndio teve origem em mão criminosa", afirmou Soares que ainda questionou a rapidez da PJ em anunciar as causas do início das chamas, no domingo (18).
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Para o presidente, o caso deve ser investigado corretamente. Segundo o jornal português Público, Jaime Marta Soares deve ser ouvido pela Polícia sobre os fatos que geraram as acusações.
O incêndio
De acordo com autoridades de Portugal, 95% do incêndio que arrasou o município de Pedrógão Grande, em Leiria, foi controlado até esta quarta-feira (21). Mais de mil combatentes trabalharam contra as chances. Até agora, a Polícia defende que as chamas se espalharam devido à vegetação seca e à baixa humidade do local.