O governo do presidente Donald Trump atacou a China por seu desempenho em matéria de direitos Humanos e incluiu o país asiático em sua lista de países que pouco fazem para combater o tráfico de pessoas.
Publicado nesta terça-feira (27), o relatório anual do Departamento de Estado americano aponta o tratamento à minoria muçulmana uigur, alvo de trabalhos forçados, e o repatriamento forçado de refugiados norte-coreanos.
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A diplomacia americana estima que Pequim "não faz esforços significativos" para remediar tais situações e que "não consegue atingir os níveis mínimos de combate" ao tráfico de seres Humanos.
Este ano, o relatório inclui República do Congo, República Democrática do Congo, Guiné e Mali no grupo de 23 países com os piores registros de tráfico de pessoas. Entre eles, estão Rússia, Irã, Síria e Venezuela.
Essa é a primeira queixa significativa sobre o histórico de direitos humanos da China por parte da administração Trump. Washington vinha evitando, por enquanto, fazer críticas a Pequim para conseguir avançar questões como as profundas disputas comerciais e o programa nuclear da Coreia do Norte.
"O tráfico de pessoas é um dos problemas de direitos Humanos mais trágicos do nosso tempo. Ele separa famílias, distorce os mercados globais, mina o Estado de Direito e incentiva outras atividades criminosas transnacionais", afirmou o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, em um comunicado.
"Ameaça a segurança pública e a segurança nacional, mas, o pior de tudo, é que este crime rouba a liberdade e a dignidade humana. É por isso que temos de acabar com o flagelo do tráfico de seres humanos", completou ele.