A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) condenou nesta segunda-feira os "ataques" do presidente americano, Donald Trump, aos meios de comunicação dos Estados Unidos.
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A SIP manifestou ainda sua preocupação de que a atuação de Trump incite atos de violência contra jornalistas e veículos.
"A retórica do governo Trump não tem precedentes e ameaça minar a capacidade dos meios de comunicação de informar ao público sobre as atividades do novo governo e seus planos para o futuro do país", disse Roberto Rock, presidente do Comitê de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP.
No domingo, Trump colocou um vídeo no Twitter no qual aparece nas cordas de um ringue lutando com um homem cujo rosto está coberto pelo logotipo da CNN.
Um dia antes, Trump disse que a CNN faz "jornalismo lixo" e passou a chamar o canal de "FNN: Fraud News Network" ("Falsa Rede de Notícias").
A CNN denunciou imediatamente Trump por "estimular a violência contra os jornalistas", uma percepção compartilhada pela SIP.
"Não há graça em o presidente incitar à violência contra jornalistas e os meios de comunicação, pois além de afetar sua relação com a imprensa, afasta grande parte de uma sociedade que também entende que a Primeira Emenda rejeita o uso de artifícios para combater as críticas", disse Rock.
Trump tem acusado, em várias ocasiões, os meios de comunicação liberais dos EUA por difundir notícias falsas.
O presidente republicano acusou "a louca da Mika (Brzezinski), de baixo coeficiente intelectual", e ao "psicopata Joe (Scarborough)" de darem uma imagem enviesada do seu governo no programa televisivo.
No sábado, Trump voltou a carga: "o louco Joe Scarborough e Mika, burra como uma pedra, não são pessoas ruins, mas seu programa de baixa audiência é controlado pelos seus chefes da NBC".