O hospital chinês que trata o dissidente e prêmio Nobel da Paz Liu Xiaobo convidou oncologistas de Estados Unidos, Alemanha e outros países para auxiliar no seu tratamento, informaram nesta quarta-feira as autoridades chinesas.
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O gabinete de assuntos judiciais de Shenyang, cidade do nordeste da China onde Liu está hospitalizado há um mês, precisou que o convite aos oncologistas estrangeiros foi realizado a pedido da família do dissidente.
No sábado passado, a União Europeia pediu ao governo chinês que permitisse a Liu Xiaobo, com câncer em fase terminal, seguir o tratamento médico de sua escolha, inclusive no exterior.
Condenação
Figura emblemática do movimento democrático de Tiananmen, em 1989, o escritor, de 61, foi condenado a 11 anos de reclusão em 2009.
Primeiro chinês a receber o Prêmio Nobel da Paz e símbolo da luta pela democracia na China, Liu Xiaobo foi solto em maio passado, após oito anos de prisão. Sua libertação aconteceu depois de ter sido diagnosticado com um câncer de fígado em fase terminal.
Amigos da família de Liu relatam que o dissidente e sua esposa, Liu Xia, querem viajar ao exterior para que ele seja tratado.
Único Nobel da paz detido no mundo, Liu Xiaobo se tornou um símbolo incômodo para o governo comunista, à medida que Washington, União Europeia e outros países passaram a reivindicar sua libertação.