ESPANHA

Bactéria assassina de oliveiras chega à Espanha continental

A região de Valência prepara um plano para indenizar os agricultores que podem ser afetados futuramente

AFP
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Publicado em 06/07/2017 às 17:28
Foto: TIZIANA FABI/AFP
A região de Valência prepara um plano para indenizar os agricultores que podem ser afetados futuramente - FOTO: Foto: TIZIANA FABI/AFP
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A bactéria Xylella fastidiosa, que dizimou as oliveiras na Itália, foi detectada pela primeira vez na Espanha continental, perto de Valência, depois de atingir no ano passado as ilhas Baleares, gerando inquietação no primeiro produtor mundial de azeite de oliva.

"Estamos muito preocupados, mas sobretudo estamos preocupados em executar" um plano para combatê-la, declarou nesta quinta-feira à AFP Elena Cebrián, conselheira de Agricultura do governo regional de Valência.

A bactéria, que murcha árvores lenhosas secando o seu interior, foi localizada no fim de junho em amendoeiras próximas à população de Guadalest, na costa sudeste da Espanha.

Os testes feitos em oliveiras da mesma propriedade agrícola deram negativo, de acordo com as autoridades regionais.

A cepa da Xylella ainda estava em processo de identificação nesta quinta-feira para saber se é igualmente agressiva à que infectou um milhão de oliveiras na Itália.

Todas as árvores da parcela afetada estão sendo arrancadas em um perímetro de 100 metros ao seu redor, enquanto a zona recebe tratamento contra insetos suspeitos de transmitir a bactéria.

A região de Valência prepara um plano para indenizar os agricultores que podem ser afetados futuramente, a fim de fomentar sua colaboração em assinalar os casos suspeitos, afirmou Cebrián.

Em Andaluzia, principal região produtora do azeite de oliva da Espanha e do mundo, as autoridades pediram na quarta-feira a cooperação dos agricultores durante uma reunião no Parlamento regional.

Os controles efetuados durante os cinco primeiros meses do ano não expulsaram os rastros da bactéria, segundo o governo andaluz.

A Xylella fastidiosa, surgida em 2013 no sul da Itália e depois detectada na França, foi encontrada pela primeira vez em outubro em uma cerejeira e outras plantas em Mallorca, no arquipélago mediterrâneo de Baleares, assim como em Ibiza.

As exportações do arquipélago foram proibidas para evitar contaminar o resto da Espanha.

O país possui a superfície de oliveiras mais vasta no mundo, com 2,5 milhões de hectares onde crescem 350 milhões de árvores, e é responsável pela metade da produção mundial de azeite de oliva.

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