Donald Trump e Vladimir Putin se reúnem nesta sexta-feira (7) pela primeira vez em Hamburgo, à margem do encontro de cúpula do G20, em um ambiente elétrico pela desconfiança mútua, mas também pelas grandes manifestações antiglobalização nas ruas da cidade alemã.
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Após as manifestações de quinta-feira, quando mais de 70 policiais ficaram levemente feridos em confrontos com milhares de manifestantes, nesta sexta-feira foram registrados novos distúrbios, com carros da polícia incendiados no início da manhã.
O presidente russo desembarcou nesta sexta-feira na cidade do norte da Alemanha, que recebe até sábado a reunião do G20 (19 países mais a União Europeia), um fórum internacional das principais economias industrializadas e emergentes.
O presidente americano chegou à cidade na quinta-feira, procedente da Polônia, onde fez um discurso no qual reiterou o apoio à Otan e fez críticas incomuns à Rússia.
Assuntos que devem ser abordados
O muito aguardado encontro Trump-Putin, previsto para as 15H45 locais (10H45 de Brasília), deve abordar questões como o conflito na Ucrânia ou a guerra na Síria, em um contexto de desconfiança mútua.
"A segunda visita a Europa (de Trump) pode ser resumida em uma palavra: Putin", afirmou Derek Chollet, do German Marshall Fund of the United States, para quem os dois líderes não gostam de perder "sentem-se mais cômodos na intimidação".
De acordo com o Kremlin, a reunião será crucial para a segurança e a estabilidade.
Todos os olhares estarão voltados também para os detalhes, como o aperto de mãos, que já rendeu muitas manchetes a Donald Trump desde sua chegada à Casa Branca.
A reunião terá um formato excepcionalmente reduzido, com Trump sendo acompanhado apenas pelo secretário de Estado Rex Tillerson e por um tradutor, confirmou uma fonte da Casa Branca.
"Putin gosta das reuniões com poucas pessoas. Isto significa que a Casa Branca está deixando que o Kremlin imponha suas condições", lamentou o ex-embaixador americano na Rússia Michael McFaul.