O presidente americano, Donald Trump, se reunirá pela primeira vez com seu homólogo russo, Vladimir Putin, com quem espera desenvolver "uma relação mais construtiva".
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O encontro ocorrerá à margem da cúpula do G20, em 7 e 8 de julho em Hamburgo, anunciou a Casa Branca nesta quinta-feira.
"Em Hamburgo, o presidente se reunirá com muitos líderes", disse o general H.R. McMaster, assessor de Segurança Nacional, citando em particular o presidente russo. A cúpula será celebrada em 7 e 8 de julho.
Um dos objetivos da viagem do presidente, disse McMaster, será "desenvolver um enfoque comum com a Rússia".
"Como o presidente tem deixado claro, ele gostaria que os Estados Unidos e os líderes de todo o Ocidente desenvolvessem uma relação mais construtiva com a Rússia", disse o assessor de Trump.
"Mas também deixou claro que faremos o necessário para enfrentar o comportamento desestabilizador da Rússia", acrescentou.
McMaster não quis dar mais detalhes sobre o encontro, incluindo se o tema da suposta intervenção russa na campanha presidencial de 2016 (confirmada por fontes da inteligência americana, mas negada pela Rússia) será tratado.
"Se falará do que o presidente quiser falar", disse.
Pontos de desencontro entre Rússia e EUA
Além do suposto vínculo do comitê de campanha de Trump com a Rússia, as duas superpotências têm vários pontos de desencontro, de Síria e Ucrânia a Coreia do Norte.
Trump ordenou um ataque com mísseis em uma base aérea da Síria (aliado da Rússia) em abril depois de informações de que essa base foi utilizada para lançar um ataque químico, e esta semana advertiu ao regime de Bashar Al Assad de que seu governo pagará um alto preço caso faça um outro ataque químico.
A inicial simpatia de Trump por Putin e sua aberta crítica a seus aliados da Otan por não gastar o suficiente em defesa preocupou muitos na Europa, especialmente países como Ucrânia e outros da região dos Bálcãs.
Trump e Putin concordaram, durante uma conversa telefônica realizada em maio, em trabalhar juntos para diminuir as tensões com a Coreia do Norte por causa de seu programa nuclear e balístico.
Dessa conversa veio compromisso de reunirem-se pessoalmente em Hamburgo.