O G20 lançou neste sábado (8) um plano para lutar contra a pobreza na África, criticado por várias ONGs por ser pouco ambicioso.
Leia Também
A iniciativa, liderada pela chanceler alemã Angela Merkel, permitirá a sete países africanos beneficiar-se de apoios para atrair novos investimentos privados. O objetivo é frear as migrações em massa para o Ocidente, desenvolvendo a economia do continente, em que mais da metade da população tem menos de 25 anos.
Os países que participam são Gana, Costa do Marfim, Tunísia, Etiópia, Marrocos, Ruanda e Senegal, em diferentes graus. Alguns dos países africanos mais pobres, como Níger e Somália, não estão na lista. "Estamos prontos para ajudar os países africanos interessados e a pedir a outros sócios que se unam à iniciativa", disse o G20 no comunicado final da cúpula.
PROMESSAS
Para a organização não governamental ONE, o programa promete muito, mas muitos membros do G20 não parecem estar interessados.
"Este será o século da África e a chanceler Merkel queria que o G20 se colocasse no lado da bom da história, mas as tensões internas e a divisão afastaram o G20 deste caminho visionário", disse Jamie Drummond, um dos integrantes da ONG.
A Oxfam considera que a iniciativa "se baseia na suposição incrivelmente ingênua de que estimulando o investimento privado se ajudará automaticamente os mais pobres do continente".