Duas turistas ucranianas foram mortas e quatro feridas em um ataque com faca no balneário de Hurghada, no leste do Egito, indicou o jornal governamental Al-Ahram em seu site oficial.
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As motivações do agressor, que foi preso após o ataque, ainda não foram reveladas e não há informações sobre uma eventual ligação com grupos extremistas, entre eles o Estado Islâmico (EI) que reivindicou uma série de atentados mortais contras as forças de ordem, turistas e cristãos no Egito.
Mais cedo, o ministério do Interior havia indicado que seis turistas, todas mulheres, haviam sido feridas no ataque, sem especificar a nacionalidade das vítimas.
O atacante nadou até a praia antes de atacar as turistas e está sendo interrogado pela polícia, segundo um comunicado do ministério.
Na Rússia, as agências de notícias, citando o consulado russo no Egito, indicaram que uma mulher com dupla nacionalidade russa e ucraniana estava entre os feridos. "Ela foi ferida na perna".
Em janeiro de 2016, três turistas ficaram feridas em Hurghada, em um ataque com faca cometido por dois homens suspeitos de pertencerem ao EI.
Este balneário é muito popular e frequentado principalmente por turistas ucranianos e europeus.
A segurança foi reforçada nos locais turísticos do Egito após os ataques que atingiram o país nos últimos anos e que representaram um duro golpe para o turismo, um setor-chave da economia.
Em 31 de outubro de 2015, a facção egípcia do EI reivindicou um atentado a bomba que matou os 224 ocupantes de um avião que transportava turistas russos após sua decolagem do resort de Sharm el-Sheikh, no sul do Sinai.
Desde a destituição em 2013 pelo Exército egípcio do presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, grupos extremistas intensificaram os ataques contra militares e policiais, matando centenas deles, principalmente no Sinai.
Nesta sexta-feira, no início do dia, cinco policiais egípcios foram mortos a tiros por homens não identificados no sul do Cairo, no mais recente de uma série de ataques contra as forças da ordem egípcias.
Três homens armados abriram fogo contra uma viatura da polícia antes de fugir, matando um sargento, três recrutas e um policial, segundo o Ministério do Interior.
O ataque ocorreu perto da cidade de Rachidin, cerca de 20 km ao sul da capital, onde a polícia já havia sido alvo no passado. O ataque ainda não foi reivindicado.
Na última sexta-feira, a facção egípcia do EI reivindicou um ataque no norte do Sinai, que custou a vida de 21 policiais, enquanto o grupo islamita Hasam reivindicou no mesmo dia o assassinato de um policial no norte do Cairo.
A polícia acusa Hasam de ser ligado à Irmandade Muçulmana, movimento considerado "terrorista" pelas autoridades egípcias.
Depois de um duplo ataque suicida reivindicado pelo EI contra duas igrejas coptas no norte do Cairo (45 mortos) em abril, o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, declarou estado de emergência por três meses, estendidos em julho.