DIREITOS HUMANOS

ONU pede à Venezuela que pare com violência e assédio a opositores

Desde 1º de abril, 92 pessoas já morreram e 1519 ficaram feridas por conta dos protestos na Venezuela

Agência Brasil
Cadastrado por
Agência Brasil
Publicado em 14/07/2017 às 14:46
Foto: Richard Juilliart/AFP
Desde 1º de abril, 92 pessoas já morreram e 1519 ficaram feridas por conta dos protestos na Venezuela - FOTO: Foto: Richard Juilliart/AFP
Leitura:

O alto comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas emitiu um comunicado nesta sexta-feira (14) pedindo à Venezuela que abdique da violência e do assédio a integrantes da oposição ao governo do presidente Nicolás Maduro. No texto, Zeid Al Hussein afirmou que está "profundamente preocupado" com a situação política do país. A informação é da ONU News.

O comunicado cita ainda a consulta popular que deve ocorrer no domingo (16) e está sendo organizada pela Assembleia Nacional venezuelana, liderada pela oposição. Na consulta, que conta com o apoio de vários grupos, indaga-se os planos do presidente Maduro de reescrever a Constituição.

A nota apela ao governo e às autoridades que respeitem a vontade dos que querem participar da consulta deste domingo (16), garantindo ainda os direitos à liberdade de expressão, associação e de reunião pacífica.

Mortes

Desde 1º de abril, 92 pessoas já morreram e 1519 ficaram feridas por conta dos protestos na Venezuela, segundo números da Procuradoria-Geral da República. A ONU afirmou que o governo deve tomar medidas para garantir que a Guarda Nacional Bolivariana e a polícia do país não usem de força excessiva contra os manifestantes.

O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas também recebeu vários relatos de que integrantes das forças de segurança da Venezuela estariam intimidando os cidadãos para esvaziar os protestos. Mais de 450 pessoas já foram levadas a tribunais militares por causa de suas opiniões contra o governo e milhares de manifestantes foram presos de forma arbitrária.

A ONU diz que qualquer acusado deve ser levado a tribunais civis e responder de acordo com o processo legal. A nota de Zeid Al Hussein se encerra com um apelo à Venezuela para acabar com a violência e o assédio a opositores.

Últimas notícias