O primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, anunciou nesta terça-feira (18) que seu governo autorizou o Exército do país a atuar contra jihadistas nas montanhas de Arsal, na fronteira com a Síria. "As nossas tropas farão uma operação planejada e minuciosa nas alturas de Arsal", disse Hariri à agência nacional de notícias libanesa ANN, durante sessão plenária do Parlamento.
Leia Também
O premiê libanês assegurou que o seu Exército conta com sinal verde para agir nessa região, onde se refugiam jihadistas procedentes da Síria. A decisão do Executivo coincide com recentes bombardeios da aviação síria contra posições jihadistas em Arsal e com o aumento da tensão nessa área, após o atentado suicida do último dia 30 de junho contra um campo de refugiados, no qual morreu uma menina e sete militares libaneses ficaram feridos. A informação é da Agência EFE.
"Não há uma coordenação entre o Exército libanês e o Exército sírio", disse Hariri em resposta ao grupo xiita libanês Hezbollah e aos partidos pró-Síria que pedem coordenação entre ambos países.
Uma fonte militar declarou à EFE que "existe uma decisão" das autoridades libanesas "para pôr fim à atividade dos terroristas nessa área", mas que as tropas atuarão apenas de maneira "defensiva".
"O Exército está preparado para qualquer eventualidade, mas só intervirá em caso de ataque contra as suas posições ou contra os seus membros e especialmente contra a localidade de Arsal e seus habitantes", acrescentou.
Uma fonte militar consultada pela EFE estimou que cerca de mil extremistas se encontram nessa área, dos quais entre 300 e 400 pertencem à Frente da Conquista do Levante (ex-filial síria da Al Qaeda) e 200 ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI).