O presidente francês, Emmanuel Macron, homenageou nesta quinta-feira (20) a ação dos militares do país, em uma tentativa de melhorar a situação depois da renúncia do chefe do Estado-Maior do Exército que discordou dos cortes previstos para Defesa.
"O trabalho da Força Aérea e de todo o Exército é necessário e o respeito profundamente [...] sei o que a nação lhes deve", declarou Macron em um discurso na base aérea de Istres, no sul da França.
Em uma tentativa de reconquistar o Exército francês após a demissão no dia anterior de seu máximo responsável, o general Pierre de Villiers, Macron reafirmou o seu compromisso de aumentar o orçamento do Ministério da Defesa a 2% do PIB para o ano de 2025, contra o 1,8% atual.
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Assegurou também que em 2018 o único ministério que contará com um aumento de orçamento será o da Defesa, com uma dotação de 34,2 bilhões de euros. "Estes são os meus compromissos e cumprirei com eles", assinalou o presidente.
Sobre a polêmica do corte de 850 milhões no gasto militar contemplado para 2017, o presidente considerou que "coletivamente merecemos mais do que esse tipo de debate".
Assegurou também que os cortes na Defesa, que fazem parte de uma redução prevista de 4,5 bilhões de euros no gasto do Estado em 2017, não terão "nenhum impacto nem na estratégia nem nas capacidades" da Defesa.
Em desacordo com o chefe de Estado sobre os cortes orçamentários previstos, o general cinco estrela pediu demissão na quarta-feira.
O substituto de De Villiers, o general François Lecointre, um herói de guerra de 55 anos, que foi visto em vários fronts, incluindo Iraque e Sarajevo, acompanhou Macron durante a sua vista a Istres.