O primeiro vice-presidente peruano, Martín Vizcarra, assegurou neste sábado (22) que a empreiteira Odebrecht não pode continuar trabalhando no Peru por estar envolvida em casos de corrupção de funcionários de alto escalão, incluindo ex-presidentes.
Leia Também
- Ex-candidato à presidência da Colômbia é investigado no caso Odebrecht
- PGR pede redistribuição de mais inquéritos da delação da Odebrecht
- Investigado no caso Odebrecht no Peru, Humala vai para mesma prisão de Fujimori
- Juiz ordena prisão de ex-presidente do Peru por caso Odebrecht
- Venezuela: procuradora diz que Supremo barra investigação da Odebrecht
- Equador: Congresso censura ex-controlador vinculado ao caso Odebrecht
- Dois novos detidos no Equador no caso Odebrecht
"A Odebrecht, uma empresa que claramente cometeu atos de corrupção, não pode continuar trabalhando no Peru. Tem que sair e assim está estabelecido nas leis", disse Vizcarra à rádio RPP.
"Qualquer empresa que tenha demonstrado atos de corrupção não pode trabalhar (no país). Empresa corrupta não pode trabalhar no Estado", assinalou firmemente Vizcarra.
O vice-presidente considerou que o governo deve mostrar uma atitude sincera de luta contra a corrupção para recuperar a confiança da população.
LEI
Em janeiro, o governo peruano promulgou uma lei que proíbe a contratação de empresas cujos membros tenham sido condenados por crimes de corrupção como suborno, lavagem de dinheiro, mineração ilegal, crime organizado e terrorismo.
A Odebrecht admitiu ter pago 29 milhões de dólares no Peru para ganhar a licitação de obras públicas entre 2005-2014, período que compreende os governos de Alejandro Toledo, Alan García e Ollanta Humala.