A companhia aérea colombiana Avianca anunciou a suspensão, a partir desta quarta-feira (26), da venda de passagens para a Venezuela procedentes da Colômbia e do Peru. A partir de 16 de agosto os trajetos serão interrompidos.
"Frente às dificuldades que a operação aérea na Venezuela vem encontrando, a Avianca vai deixar de operar as rotas Bogotá-Caracas-Bogotá e Lima-Caracas-Lima a partir 16 de agosto de 2017", disse a companhia num comunicado.
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"Como consequência, a linha aérea suspende, a partir de hoje, a venda de passagens para viagens posteriores à data nessas rotas", completou.
Após uma reunião técnica entre autoridades aeronáuticas de Bogotá, a Avianca avisou ao Instituto Nacional de Aeronáutica Civil da Venezuela e à Aerocivil de Colombia que iria suspender as operações aéreas da Colômbia e do Peru para a Venezuela.
O país enfrente uma profunda crise econômica e política. Há quatro meses, protestos pedem a saída do presidente Nicolás Maduro, que vai realizar uma Assembleia Constituinte no próximo domingo.
Segundo a Avianca, a medida se deve "à necessidade de adequar vários processos a padrões internacionais, melhorar a infraestrutura aeroportuária na Venezuela e garantir a consistência das operações"
"Após mais de 60 anos de serviços contínuos na Venezuela, a Avianca lamenta chegar a essa difícil decisão, mas nossa obrigação é garantir a segurança da operação", indicou o diretor executivo da companhia, Hernán Rincón, citado no texto.
A Avianca se soma à lista de companhias aéreas que suspenderam suas operações na Venezuela por causa de uma dívida do Estado com as empresas do setor, que chega a 3,8 bilhões de dólares, segundo uma fonte do ramo.
Em 30 de junho, a americana United Airlines fez seu último voo saindo do país. A Air Canada suspendeu a operação em 2014, bem como a Aeroméxico. Alitalia engrossou a lista em 2015, e GOL, Latam e Lufthansa, em 2016.
A Avianca garantiu que os passageiros com viagens marcadas para depois da data poderão solicitar reembolso integral do valor pago.