Refinaria de Amuay

Diretores de petroleira venezuelana denunciados por explosão em 2012

Em 2012, um vazamento de gás provocou uma enorme explosão na refinaria de Amuay, deixando mais de 130 feridos, além de 42 mortos

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Publicado em 28/07/2017 às 19:44
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Em 2012, um vazamento de gás provocou uma enorme explosão na refinaria de Amuay, deixando mais de 130 feridos, além de 42 mortos - FOTO: Foto: AFP
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Quatro diretores da estatal venezuelana PDVSA serão denunciados pelo pior acidente da história da indústria petroleira do país, a explosão na refinaria de Amuay que deixou 42 mortos em 2012, informou o Ministério Público.

"O Ministério Público citou para denunciar três gerentes e um superintendente do Centro de Refinamento Paraguaná-Amuay, no estado de Falcón (noroeste), por sua suposta responsabilidade na explosão ocorrida em 25 de agosto de 2012", afirmou o boletim do órgão.

Na ocasião, um vazamento de gás provocou uma enorme explosão na refinaria, deixando mais de 130 feridos, além dos quase 50 mortos.

O acidente coincidiu com a campanha de reeleição do ex-presidente Hugo Chávez, morto em 2013. Ele teria entregue cargos importantes na PDVSA a funcionários pouco qualificados, segundo acusações da oposição.

Investigados

Os investigados são os gerentes Zoilo Ramos, William Jordán e José Ramos e o superintendente José Cotiz, que devem comparecer diante dos procuradores na próxima quinta-feira.

Desde que a procuradora-geral, Luisa Ortega, rompeu com o presidente Nicolás Maduro, há quatro meses, o MP vem trazendo à tona casos antigos que envolvem funcionários estatais.

Em 12 de julho, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), acusado de servir ao governo, limitou a capacidade do MP de denunciar, exigindo que um juiz da corte esteja presente nas diligências.

Vários funcionários citados para serem denunciados pelo MP se negaram a comparecer.

Ortega, chavista que virou crítica de Maduro e seu projeto de Assembleia Constituinte, provocou uma fratura no oficialismo, em meio a uma onda de protestos contra o presidente que já deixou 113 mortos em quatro meses.

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