O esforço do Partido Republicano para acabar com o Obamacare, sistema público de saúde criado em 2010 pelo então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fracassou na madrugada desta sexta-feira (28).
Um projeto de lei "enxuto" que afetaria a continuidade de partes do programa foi derrotado no Senado por 51 a 49, apesar do esforço de última hora de líderes republicanos para cumprir uma promessa de campanha de Donald Trump e de muitos parlamentares do partido.
Três republicanos (John McCain, Lisa Murkowski e Susan Collins) se juntaram a todos os 48 democratas do Senado para rejeitar a proposição.
O resultado revelou a dificuldade dos senadores republicanos em arregimentar 50 votos para qualquer alteração, mesmo de pequena escala, no sistema de saúde que tem como nome oficial Affordable Care Act (Lei do Cuidado Acessível, em tradução livre).
O fracasso na votação do projeto deixa os republicanos sem alternativas claras para seguir tentando barrar a legislação que criou o Obamacare. O resultado também manteve o presidente Donald Trump sem qualquer vitória significativa no Parlamento em seus primeiros sete meses de mandato.
Após semanas de debate interno sobre o assunto, os senadores republicanos optaram por tentar passar uma projeto de lei "enxuto", que afetaria partes do Obamacare, após uma série de derrotas em propostas mais abrangentes.
Mesmo o apoio para a versão reduzida do projeto, no entanto, começou a fracassar na quinta-feira (26) quando os senadores republicanos perceberam que a Câmara dos Deputados faria uma votação sobre a proposta, em vez de utilizá-la apenas para iniciar uma negociação entre as duas casas legislativas - o que era a intenção original dos republicanos.