Se Donald Trump destituir o procurador-especial que investiga os vínculos de sua equipe com a suposta ingerência russa nas eleições americanas, Robert Mueller, poderá marcar o "início do fim" de sua presidência, advertiu um alto legislador republicano na quinta-feira.
O senador Lindsey Graham, que concorreu com Trump nas primárias presidenciais republicanas, também insistiu em que haveria "um inferno sagrado para pagar" caso Trump demitisse seu procurador-geral, Jeff Sessions.
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Esses comentários demonstram que membros do próprio partido de Trump têm se irritado progressivamente pelas possíveis tentativas do presidente de apaziguar as investigações sobre a Rússia.
Trump e sua equipe passaram semanas tentando desacreditar publicamente o procurador-especial Robert Mueller e seu círculo de auxiliares legais, que investigam os esforços de Moscou para influenciar as eleições presidenciais de 2016 e os vínculos da campanha de Trump com a Rússia.
Graham enviou uma advertência endereçada à Casa Branca nesta quinta-feira, afirmando que "qualquer esforço de ir contra Mueller poderá ser o começo do fim da presidência de Trump, a menos que Mueller cometa algum erro".
Os legisladores não encontraram evidências de que a equipe de Mueller esteja comprometida, e Graham considera que qualquer movimento por parte de Trump para expulsá-lo poderá ser percebido como ultrapassar "uma linha vermelha".
"Este esforço dirigido basicamente a marginalizar e a humilhar o procurador-geral não cairá bem para o Senado" ou para os conservadores, disse Graham, em uma declaração feita no Capitólio transmitida pela CNN.
Rumores
O procurador-geral foi um dos apoiadores mais recentes e leais a Trump, mas o comportamento do presidente nos últimos dias alimenta os rumores de substituição.
O presidente o reprova por ele ter se recusado de participar na investigação federal para determinar se houve conluio entre a equipe de campanha de Trump e a Rússia nas eleições presidenciais de 2016.