Crise

Venezuela: EUA passam 'vergonha' com sanções a irmão de Chávez

'Não respeitam qualquer critério, nenhum princípio elementar do direito internacional', criticou o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza

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Publicado em 09/08/2017 às 22:23
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'Não respeitam qualquer critério, nenhum princípio elementar do direito internacional', criticou o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza - FOTO: Foto: AFP
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Os Estados Unidos passam "vergonha" com as sanções impostas contra um irmão do ex-presidente Hugo Chávez e outros sete funcionários venezuelanos por sua relação com a Assembleia Constituinte do presidente Nicolás Maduro, disse nesta quarta-feira o governo em Caracas.

"Não respeitam qualquer critério, nenhum princípio elementar do direito internacional. Passam vergonha diante do mundo. A Venezuela não pode ser sancionada por nada nem por ninguém", disse o chanceler Jorge Arreaza à rede de televisão estatal VTV, ao rejeitar "enfaticamente" as medidas.

O Departamento do Tesouro aplicou sanções financeiras contra Adán Chávez, Francisco Ameliach, Erika Farías, Carmen Meléndez, Ramón Vivas e Hermann Escarra, todos eleitos para a Constituinte, e contra Tania D’Amelio, diretora do poder eleitoral; e Bladimir Lugo, militar encarregado pela segurança do Parlamento, de maioria opositora.

A Constituinte, que a oposição venezuelana qualifica como uma "fraude" que pretende instaurar uma "ditadura", começou os trabalhos na semana passada sob fortes críticas internacionais. Estados Unidos, Canadá, União Europeia e 11 países latino-americanos não a reconhecem.

"Quando se viu na história das relações internacionais que um centro de poder (...) condena cidadãos por terem organizado eleições?" - questionou Arreaza.

O diplomata insinuou que, no caso de Adán Chávez, a decisão de Washington "parece que é mais por ser irmão do comandante Hugo Chávez (presidente da Venezuela de 1999 até a sua morte em 2013) do que por ser membro" da Constituinte.

Isso, expressou Arreaza, "revela e delata a arbitrariedade mais absoluta".

Medidas

As medidas contemplam congelamento de bens que os funcionários possam ter nos Estados Unidos e a proibição a empresas e cidadãos americanos de fazer negócios com eles.

O governo de Donald Trump já havia sancionado Maduro, no dia 31 de julho, e vários de seus colaboradores, acusados de quebrar a ordem democrática, de cometer violações de direitos humanos e de corrupção.

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