REAÇÃO PERUANA

Peru expulsa embaixador da Venezuela

A decisão é um protesto pela "ruptura da ordem democrática" na Venezuela após a instalação da Assembleia Constituinte que o governo peruano não reconhece

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Publicado em 11/08/2017 às 21:25
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A decisão é um protesto pela "ruptura da ordem democrática" na Venezuela após a instalação da Assembleia Constituinte que o governo peruano não reconhece - FOTO: Foto: LEO RAMIREZ / AFP
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O Peru deu mais um passo em sua posição contra o governo de Nicolás Maduro, ao expulsar nesta sexta-feira (11) o embaixador de Caracas em Lima em protesto pela "ruptura da ordem democrática" na Venezuela após a instalação da Assembleia Constituinte que o governo peruano não reconhece.

A chancelaria deu nesta sexta-feira um prazo máximo de cinco dias ao embaixador da Venezuela, Diego Molero, um almirante e ex-ministro da Defesa do ex-presidente Hugo Chávez, para que abandone o Peru. Molero estava no posto desde outubro de 2014. Antes foi embaixador no Brasil. 

"Ao ter expressado sua condenação à ruptura da ordem democrática na Venezuela, o governo do Peru decidiu expulsar o embaixador Diego Molero", indicou a chancelaria em um breve comunicado.

A expulsão do diplomata, una medida sem precedentes na diplomacia peruana nas últimas quatro décadas, foi solicitada pelo Congresso do Peru no início da semana.

Mudança de posição

A posição do Peru em relação à Venezuela mudou radicalmente desde o início do mandato do presidente Pedro Pablo Kuczynski, em julho de 2016, substituindo o nacionalista Ollanta Humala, que era considerado um aliado moderado de Maduro. 

Kuczynski pediu solidariedade com os venezuelanos e denunciou uma crise humanitária na Venezuela como consequência da escassez de alimentos e medicamentos. 

A expulsão não significa um rompimento das relações diplomáticas entre Lima e Caracas, uma opção descartada esta semana por Kuczynski.

O Peru havia retirado no fim de março seu embaixador em Caracas, depois de chamá-lo para consulta em protesta pelas críticas desmedidas do governo de Maduro contra Kuczynski.

O governo peruano também expressou "seu apoio pleno e solidariedade" com a Assembleia Nacional (Parlamento), de maioria opositora, "democraticamente eleita", como destacou a 'Declaração de Lima'.

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