Centenas de pessoas voltaram a protestar nessa terça-feira (15) contra o presidente americano, Donald Trump, em frente à sua residência em um arranha-céus em Nova York, por suas declarações sobre os distúrbios em Charlottesville (Virgínia).
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"Chegamos para ficar, chegamos para lutar", exclamaram os manifestantes na calçada da Quinta Avenida, próxima da Trump Tower, aonde o presidente voltou pela primeira vez desde que chegou à Casa Branca, em janeiro passado.
Um cordão de policiais rodeava os manifestantes para evitar confrontos com simpatizantes do presidente, que costumam entoar cânticos pró-Trump.
"Eu não teria vindo (à manifestação) se não tivesse acabado de ouvi-lo dizer o que disse na TV", afirmou Jason David, ator de 23 anos.
Violência em Charlottesville
Donald Trump provocou uma confusão nesta terça-feira, ao afirmar que a responsabilidades dos enfrentamentos no sábado em Charlottesville (Virgínia) entre membros da direita supremacista e manifestantes reunidos para denunciá-los deveriam ser atribuídas aos dois lados.
"Eu olhei atentamente, muito mais atentamente do que a maioria das pessoas. (Na manifestação) havia um grupo de um lado que era agressivo e outro grupo do outro lado, que também era muito violento. Ninguém quer dizê-lo", disse Trump em uma caótica coletiva de imprensa.
Morte de manifestante em Charlottesville
Durante os distúrbios de sábado, Heather Heyer, de 32 anos, morreu depois que um simpatizante neonazista de 20 anos atirou o carro em manifestantes que denunciavam o racismo.
"Todos somos Heather Heyer", diziam alguns cartazes.
Donald Trump "não pode nos evitar. Estou certa de que nos escuta no seu apartamento", disse Maria Caba, de 30 anos, originária da República Dominicana, que se somou ao protesto para defender os direitos dos imigrantes em situação ilegal.