A primeira-ministra britânica Theresa May rejeitou nesta quarta-feira (16) a equivalência entre os fascistas e aqueles que os combatem, em resposta aos comentários do presidente americano Donald Trump sobre os confrontos em Charlottesville.
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"Não vejo equivalência entre os que propõem pontos de vista fascistas e os que se opõem a eles", disse May em Portsmouth, no primeiro dia de atividades oficiais após as férias.
"É importante que todos aqueles em postos de responsabilidade condenem as posições de extrema-direita", completou.
"O Reino Unido adotou medidas para proibir os grupos de ultradireita", recordou, insistindo que "não há equivalência".
Comentário de Trump sobre Charlottesville
Na terça-feira (15), pela segunda vez, Donald Trump afirmou que a responsabilidade pela violência que sacudiu Charlottesville no sábado deve ser atribuída "aos dois lados".
O presidente americano incluiu assim no mesmo lado da balança os membros da ultradireita supremacista branca que se reuniram na pequena cidade da Virginia e os manifestantes que seguiram ao local para denunciá-los.
Durante os incidentes, uma mulher de 32 anos morreu quando um simpatizante neonazista de 20 anos, James Fields, avançou intencionalmente com seu veículo na direção dos manifestantes antirracistas.
"Há culpa dos dois lados", insistiu Trump. "Observei com atenção, com muito mais atenção que a maioria das pessoas. Havia um grupo de um lado que era agressivo e outro grupo do outro lado que também era muito violento".