Mehdi Karubi, de 79 anos, um dos líderes reformistas do Irã, que está há seis anos em prisão domiciliar, foi hospitalizado nesta quinta-feira (16), menos de 24 horas depois de iniciar uma greve de fome para pedir um julgamento.
Leia Também
- Drone iraniano cria perigo de colisão com avião dos EUA no Golfo
- Deputados iranianos criticados por selfies com chanceler europeia
- Barco dos EUA faz disparos de advertência contra navio iraniano
- Irã acusa os EUA de manter iranianos em 'prisões sinistras'
- Kuwait expulsa diplomatas iranianos após condenar grupo terrorista
"O estado de saúde piorou depois que iniciou a greve de fome e teve que ser hospitalizado", anunciou o portal de notícias Sahamnews, que citou a família de Karubi como fonte.
O político se nega a comer e sofre de hipertensão, informou o site.
O filho de Karubi, Mohamed, confirmou a informação no Twitter.
A mulher de Mehdi Karubi, Fatemeh, havia anunciado na quarta-feira (16) o início da greve de fome do marido.
O líder reformista reclama a retirada das câmeras de vigilância instaladas recentemente em sua casa, assim como a saída dos agentes do serviço de inteligência que vigiam a residência, medidas que, segundo Fatemeh Karubi, não têm precedentes no "regime de prisão domiciliar, antes ou depois da revolução" islâmica de 1979.
"O segundo pedido dele é um julgamento público caso prossiga a medida de prisão domiciliar", completou.
Embora não acredite em um "julgamento equitativo", ele quer ser julgado publicamente e respeitará o veredicto, insistiu Fatemeh.
Histórico
Mehdi Karubi foi candidato à presidência em 2009, assim como outro líder reformista, Mir Hossein Musavi. O conservador Mahmud Ahmadinejad foi o vencedor da disputa eleitoral.
Karubi e Musavi foram condenados a prisão domiciliar em 2011 por acusações relacionadas com as manifestações que sacudiram o país após a votação de 2009.
