Serra Leoa enterra nesta quinta-feira (17) os seus mortos durante uma cerimônia na presença do presidente Ernest Bai Koroma, que decretou uma semana de luto nacional após as inundações devastadoras que deixaram centenas de mortos no início desta semana.
Atingidos pela dor e raiva por conta do desaparecimento de seus familiares arrastados pelos deslizamentos de terra e inundações em Freetown, os leoneses participarão das exumações coletivas, já que inúmeros corpos não foram identificados.
Estas vítimas serão enterradas em Waterloo, localidade próxima à capital, junto aos túmulos de pessoas falecidas durante a epidemia do vírus ebola, que deixou 4.000 mortos em Serra Leoa em 2014 e 2015.
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Catástrofe
Com um balanço definitivo que poderia alcançar os 1.000 mortos - as cifras fornecidas até agora falam de mais de 300 mortes (dos quais pelo menos 105 são crianças) e 600 desaparecidos -, moradores e especialistas criticam a ineficácia das autoridades em conter o desmatamento e o urbanismo selvagem, considerados fatores que intensificaram a proporção da catástrofe.