CHILE E VENEZUELA

Chile intensificará consultas para impor Carta Democrática à Venezuela

O governo do Chile expressou sua "firme" condenação a decisão da Assembleia Constituinte da Venezuela de assumir as competências do Parlamento

AFP
Cadastrado por
AFP
Publicado em 18/08/2017 às 22:14
Foto: Agência Brasil
O governo do Chile expressou sua "firme" condenação a decisão da Assembleia Constituinte da Venezuela de assumir as competências do Parlamento - FOTO: Foto: Agência Brasil
Leitura:

O governo do Chile expressou nesta sexta-feira (18) sua "firme" condenação a decisão da Assembleia Constituinte da Venezuela de assumir as competências do Parlamento, controlado pela oposição, o que leva Santiago a intensificar consultas com países vizinhos para aplicar a Carta Democrática Interamericana. 

A decisão da Constituinte, que segue com poderes absolutos na Venezuela, foi recusada pela oposição venezuelana, que denunciou a dissolução do Parlamento pelo governo de Nicolás Maduro. 

O Chile expressou sua "firme condenação" ao decreto da Constituinte que "ratifica a ruptura da ordem democrática e constitucional na Venezuela", de acordo com um sucinto comunicado divulgado pela chancelaria em Santiago. 

No mesmo documento, reitera "não reconhecer" a decisão da Constituinte e "decide intensificar consultas a países próximos com o propósito de aplicar a Carta Democrática Interamericana à Venezuela", acrescenta a nota. 

A Carta foi aprovada em 2001 com o objetivo de fortalecer e preservar a institucionalidade democrática nas Américas. 

"Fraude"

Nesta sexta-feira (18), o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) requisitou com urgência uma reunião especial do órgão visando tratar a recente decisão da Constituinte. 

O diplomata uruguaio denunciou a eleição da Constituinte impulsionada por Maduro classificando-a como "tremenda fraude", ainda que a OEA não definiu em suas reuniões uma posição comum sobre a crise venezuelana. 

Últimas notícias