Cerca de 100 executivos de alto escalão de empresas de robótica ou especializadas em inteligência artificial, entre eles o milionário Elon Musk, escreveram uma carta aberta às Nações Unidas para advertir sobre os perigos das armas autônomas, chamadas de "robôs assassinos".
As "armas ofensivas [destinadas a matar] autônomas [...] provocarão conflitos armados em uma escala jamais vista antes e a velocidades difíceis de conceber pelos humanos", diz essa carta aberta à Convenção sobre Armas das Nações Unidas.
Entre os signatários destacam-se Elon Musk, presidente da Tesla, fabricante de veículos elétricos e parcialmente autônomos, e da companhia espacial SpaceX, e Mustafa Suleyman, da empresa britânica DeepMind, de propriedade da Google e especializada em inteligência artificial.
"Como empresas que aprimoram as tecnologias de inteligência artificial e de robótica, que podem ser desviadas para desenvolver armas autônomas, nos sentimos particularmente responsáveis por dar o sinal de alarme", afirmam na carta.
"Podem ser máquinas aterrorizantes, armas que ditadores e terroristas utilizam contra populações inocentes, e armas pirateadas com fins funestos", acrescentam os firmantes nesta mensagem divulgada pelo Future of Life Institute, organização sem fins lucrativos com sede nos Estados Unidos que se dedica a advertir sobre possíveis estragos das tecnologias.