Pelo menos 30 iemenitas, incluindo civis, morreram nesta quarta-feira (23) em ataques aéreos na região de Sanaa - anunciou uma fonte do Crescente Vermelho.
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Os bombardeios aconteceram em vários pontos de Sanaa e seus arredores, afirmou a fonte, acrescentando que "há civis deslocados pela guerra entre os mortos".
O chefe do departamento do Crescente Vermelho em Sanaa, Hussein al Tawil, disse à imprensa que pelo menos 35 pessoas morreram em um desses bombardeios. A ofensiva aérea foi lançada sobre Arhab, uma localidade que fica na saída norte da capital.
"Enviamos seis ambulâncias para Arhab e retiramos 35 corpos. Evacuamos 13 feridos para três hospitais", relatou ele, acrescentando que há corpos sob os escombros.
O Crescente Vermelho está ligado aos rebeldes xiitas huthis que controlam a capital.
A agência de notícias Saba, sob controle dos insurgentes, falava em 71 vítimas, entre mortos e feridos, e atribuiu os bombardeios à coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita. Riad apoia o governo refugiado no sul.
A rede de televisão rebelde Masira também responsabilizou a coalizão pelo ataque.
Intervenção no Iêmen
A coalizão árabe lançou uma intervenção no Iêmen em março de 2015 contra os rebeldes e é acusada de ter errado o alvo, causando vítimas civis.
No Iêmen, trava-se uma guerra entre os huthis, aliados às forças partidárias do ex-presidente Ali Abdallah Saleh, e as tropas pró-governo que já deixaram cerca de 8.400 mortos e 48 mil feridos, muitos deles civis, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Epidemia de cólera
Além disso, o país sofre com uma epidemia de cólera que já matou mais de 2.000 pessoas, e várias regiões se encontram à beira da inanição.