O Exército sírio e as milícias favoráveis ao presidente Bashar al-Assad cercaram totalmente os combatentes do grupo Estado Islâmico (EI) nas regiões desérticas do centro da Síria, nesta quinta-feira (24), e preparam a batalha final para expulsá-los - anunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Leia Também
- Forças do Iraque entram em Tal Afar e tomam bairros do Estado Islâmico
- Ofensiva contra Estado Islâmico provoca fuga em massa no Iraque
- Forças iraquianas chegam a um dos últimos redutos do Estado Islâmico
- Rússia mata pelo menos 70 membros do Estado Islâmico na Síria
- Rússia investiga ataque reivindicado pelo grupo Estado Islâmico
Depois de bloquear todas as rotas de reabastecimento do EI, o Exército espera terminar rapidamente essa ofensiva para iniciar a batalha de Deir Ezor, última província síria nas mãos dos extremistas, acrescentou o OSDH.
Na ofensiva lançada em maio passado para expulsar o EI da região da Badiya (deserto), o Exército sírio recebeu o apoio da Aviação russa e de milícias locais e estrangeiras.
A zona desértica controlada pelo EI desde 2014 se estende do centro da Síria até a fronteira com o Iraque, no leste.
Batalha de Deir Ezzor
Segundo a Rússia, a reconquista da província petroleira de Deir Ezzor, na fronteira com o Iraque, significará o fim do Estado Islâmico na Síria.
Sob o comando do general Isam Zahredin, várias brigadas do Exército e da Guarda Republicana sírios, forças paramilitares e combatentes do Hezbollah libanês resistem desde 2014 ao cerco do EI em uma parte da cidade de Deir Ezzor, a capital provincial.
Nesta quinta, "as forças do regime fizeram um avanço estratégico, impondo o maior cerco ao EI" em Badiya, principalmente na província de Homs, disse o OSDH.
As forças pró-governo assumiram o controle de Jabal Dahek, onde se juntaram às tropas que atacavam pelo norte e pelo sul, perto da cidade de Al Sujna. Nos arredores, há registro de combates, completou o OSDH.
De acordo com os especialistas, o Exército deve eliminar completamente o EI da parte central do deserto para se lançar à conquista de Deir Ezzor com a retaguarda protegida.
Se o Exército sírio eliminar o EI do setor central, o governo controlará mais da metade do território da Síria, afirmou o geógrafo francês Fabrice Balanche, especialista nesse país.