Polêmica

Venezuela não tem como pagar comida e culpa Trump

Dificuldade teria vindo após o decreto assinado na sexta-feira (25) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

Agência Brasil
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Publicado em 27/08/2017 às 19:38
Foto: Jim Watson/AFP
Dificuldade teria vindo após o decreto assinado na sexta-feira (25) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - FOTO: Foto: Jim Watson/AFP
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A presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) da Venezuela, a chavista Delcy Rodríguez, disse neste domingo (27)  que seu país não tem como pagar alimentos e medicamentos após o decreto assinado na sexta-feira (25) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Temos barcos na costa carregados com medicamentos e com alimentos, mas a Venezuela não tem como fazer o pagamento desses bens essenciais para a população venezuelana. Por que? Porque há um bloqueio financeiro contra o país", disse Delcy em uma audiência da ANC realizada com a Comissão da Verdade.

A ex-chanceler venezuelana afirmou que, com o decreto, Trump "acaba de formalizar o bloqueio financeiro contra a Venezuela" para levar o país "a uma interrupção dos pagamentos internacionais a fim de intensificar a agressão econômica contra o povo venezuelano".

Na última sexta-feira, Trump assinou uma ordem executiva na qual proíbe as "negociações em dívida nova e capital emitida pelo governo da Venezuela e a sua companhia petroleira estatal", nas primeiras sanções ao sistema financeiro venezuelano.

Proibições do governo dos Estados Unidos

A medida, anunciada pela Casa Branca, proíbe também as "negociações com certos bônus existentes do setor público venezuelano, bem como pagamentos de dividendos ao governo da Venezuela".

Delcy reiterou que o governo venezuelano prepara uma resposta "recíproca" para o "bloqueio financeiro" americano.

Há três anos, a Venezuela atravessa uma escassez de medicamentos e alimentos básicos, como a farinha de grão, de milho, azeite, açúcar, entre outros.

Além das restrições financeiras, os Estados Unidos também anunciaram sanções a funcionários venezuelanos em uma nova mostra de pressão sobre Caracas, após a instauração da Assembleia Constituinte, que o governo americano considera "ilegítima".

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