SEQUESTRO

Dois homens detidos após desaparecimento de menina na França

Os dois suspeitos são amigos e ambos têm 34 anos, de acordo com uma fonte próxima à investigação

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Publicado em 01/09/2017 às 13:30
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Os dois suspeitos são amigos e ambos têm 34 anos, de acordo com uma fonte próxima à investigação - FOTO: Foto: STR / AFP
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Dois homens de cerca de trinta anos estavam sob custódia policial nesta sexta-feira (1º) como parte de uma investigação sobre o desaparecimento de uma menina de 9 anos, Maëlys, procurada desde uma festa há seis dias nos Alpes franceses.

Após a detenção na quinta-feira (31) de um homem que estava entre os convidados da festa de casamento, um segundo suspeito foi colocado sob custódia esta manhã, de acordo com comunicado da Procuradoria de Bourgoin Jallieu (sudeste).

Esta segunda detenção visa "confrontar as declarações desses dois indivíduos", informa o comunicado da procuradora Dietlind Baudoin.

"As investigações e buscas para encontrar Maëlys continuam e nenhuma pista pode ser privilegiada ou descartada", afirma o texto.

Os dois suspeitos são amigos e ambos têm 34 anos, de acordo com uma fonte próxima à investigação.

Maëlys de Araujo foi vista pela última vez no domingo às 01h00 GMT (22h00 de sábado no horário de Brasília) quando participava com seus pais neste casamento no salão de festas de Pont-de-Beauvoisin, um vilarejo de cerca de 3.500 habitantes na região de Chambery.

Desde o desaparecimento da menina, de olhos e cabelos castanhos, os investigadores realizam intensas buscas, sem sucesso. Também interrogaram cerca de 250 pessoas presentes no casamento e em duas outras festas que aconteciam no vilarejo.

O homem detido na quinta-feira (31), conhecido do noivo, teve sua prisão preventiva prolongada até sábado de manhã, a fim de "esclarecer" seus passos, enquanto "esteve ausente nos horários que poderiam corresponder ao desaparecimento de Maëlys", segundo a procuradora Bourgoin Jallieu.

Incoerências

De acordo com uma fonte próxima ao caso, o suspeito preso na quinta-feira é conhecido da polícia por crimes comuns, em particular relacionadas a narcóticos.

Inconsistências e imprecisões em suas primeiras declarações - ele foi uma das muitas pessoas ouvidas desde domingo - em relação a outros depoimentos levaram os policiais a colocá-lo em prisão preventiva.

Ele teria escondido um telefone celular dos investigadores, mas as buscas em sua casa não deram resultados.

"Meu cliente nega ter participado de qualquer forma neste sequestro", assegurou à AFP seu advogado, Bernard Merauda, ressaltando que seu cliente "forneceu uma série de explicações que a priori parecem plausíveis".

Seu cliente reconhece, no entanto, "ter tido mais contato do que outras pessoas, durante esta noite, com a criança", acrescentou sem mais detalhes. Este homem "vive com seus pais", "vive de bicos e está atualmente de licença por doença", disse ele.

Toda a região, íngreme e muito arborizada, foi varrida pelos gendarmes, assistidos por um helicóptero, drones, mergulhadores e cães farejadores.

Nesta sexta-feira, as buscas eram realizadas "com um dispositivo mais leve e em um perímetro expandido", de acordo com o comandante da gendarmeira, Jean Pertué.

"Estamos nos afastando cada vez mais do lugar do desaparecimento (...) Não perdemos a esperança de que ainda esteja viva", declarou na quinta-feira um gendarme que participa nas buscas.

"Estamos checando todas as pistas e ainda acreditamos que ela provavelmente partiu em um veículo".

"Estamos analisando fotos e vídeos, além de todas as chamadas recebidas", declarou o coronel Yves Marzin, comandante do agrupamento do departamento da Isère. "É um trabalho extremamente tedioso e importante nas sombras. Enquanto houver esperanças, nós empregaremos os recursos".

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