Os Estados Unidos pediram nesta quarta-feira (6) ao Conselho de Segurança da ONU que aplique um embargo petroleiro à Coreia do Norte e congele os ativos de seu líder, Kim Jong-Un, em resposta ao sexto e mais potente teste nuclear realizado por Pyongyang.
A resolução, redigida pelos Estados Unidos, e da qual a AFP obteve uma cópia, também defende a proibição das exportações de têxteis e a suspensão dos pagamentos a trabalhadores norte-coreanos no exterior, privando ainda o regime de receitas para prosseguir com seus programas militares.
Os Estados Unidos fizeram circular o projeto de resolução aos outros 14 membros do Conselho dois dias depois de a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, defender a adoção das "medidas mais fortes possíveis" contra a Coreia do Norte.
Na segunda-feira (4), Haley informou que os Estados Unidos pretendiam votar novas sanções em 11 de setembro.
O esboço do texto se volta para a liderança norte-coreana, com a previsão de congelamento de bens do líder Kim Jong-Un, assim como de membros do Partido de Trabalhadores da Coreia (situação) e do governo norte-coreano.
Ainda segundo o rascunho, Kim seria incluído em uma lista negra de sanções da ONU, o que o submeteria a uma restrição global de viagens, juntamente com outros quatro altos funcionários norte-coreanos.
A companhia aérea estatal Air Koryo também seria atingida pelo congelamento de bens, assim como o Exército do Povo da Coreia, a comissão militar do partido do governo, e outros sete departamentos do partido e do governo.
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Alerta
No domingo (3), a Coreia do Norte gerou alerta mundial ao detonar o que descreveu como uma bomba de hidrogênio, projetada para ser incorporada em mísseis de longo alcance, o que se seguiu a indícios de que Pyongyang estaria preparando o lançamento de um novo míssil.
Os Estados Unidos apresentarão o novo pacote de medidas depois que o presidente Donald Trump conversou por telefone com seu contraparte chinês, Xi Jinping, dizendo-lhe que a ação militar contra a Coreia do Norte não era sua "primeira opção".
A China, principal aliada e parceira comercial da Coreia do Norte, bem como a Rússia, argumentam que as sanções apenas não solucionarão a crise norte-coreana e pedem diálogo com Pyongyang.