O exército russo afirmou nesta sexta-feira que matou vários dirigentes do grupo Estado Islâmico (EI) perto de Deir Ezzor, leste da Síria, incluindo um ex-chefe das forças especiais tadjiques que havia desertado, apresentado como o "ministro da Guerra" dos jihadistas.
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"Após um ataque dirigido da força aérea russa nos arredores de Deir Ezzor, um posto de comando e um centro de comunicação (foram atingidos) e quase 40 combatentes do EI morreram", afirmou o ministério russo da Defesa em um comunicado publicado no Facebook, segundo o qual o bombardeio aconteceu na terça-feira.
"De acordo com informações confirmadas, quatro influentes líderes estão entre os combatentes mortos, entre eles o emir de Deir Ezzor, Abu Mohamed al Shemali", competa o texto.
"Há provas de que o 'ministro da Guerra' do EI, Gulmurod Halimov, estava presente no encontro e foi mortalmente ferido", indica o comunicado.
O ex-comandante das forças especiais da polícia do Tadjiquistão, coronel Gulmurod Halimov, desapareceu em abril de 2015 e anunciou um mês mais tarde que havia se unido ao EI na Síria.
Washington oferecia três milhões de dólares pela captura deste atirador de elite, que seguiu entre 2003 e 2014 cinco treinamentos nos Estados Unidos e Tadjiquistão.
Abu Mohamed al Shemali é o nome de guerra de Tarek al Jarba, um jihadista de origem saudita responsável por enviar combatentes estrangeiros à Síria. O governo americano oferecia recompensa de cinco milhões de dólares por qualquer informação que resultasse em sua captura.
O exército russo atua na Síria desde setembro de 2015 em apoio ao regime de Damasco. Graças a este respaldo, o exército sírio conseguiu uma importante vitória na terça-feira ao romper o cerco de um dos dois territórios governamentais de Deir Ezzor sitiados pelos jihadistas desde 2015.