EUA

Furacão Irma ganha força e começa a afetar o sul da Flórida

O furacão Irma ganhou força hoje (10) e começou a afetar as ilhas do sul da Flórida, onde milhões de pessoas receberam ordem para abandonar suas casas.

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Publicado em 10/09/2017 às 9:46
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O gigantesco furacão Irma ganhou força neste domingo (10) e atingiu com fortes ventos as ilhas do sul da Flórida, onde 6,3 milhões de pessoas receberam ordem para abandonar suas casas, depois de provocar inundações no norte de Cuba e deixar 25 mortos no Caribe.

O olho do furacão, agora de categoria 4, afetava o conjunto das ilhas de Florida Keys com rajadas de vento intensas de até 215 km/, anunciou o Centro Nacional de Furacões (NHC) às 07H00 locais (8H00 de Brasília).

"Esta é uma situação extremamente perigosa e potencialmente letal", afirmou o Serviço Meteorológico Nacional (NWS) em Key West, antes de fazer um apelo às pessoas que ignoraram os alertas de evacuação para que procurem refúgio "agora para proteger suas vidas".

"A TODOS NAS KEYS DA FLÓRIDA... É HORA DE BUSCAR REFÚGIO", advertiu o NWS no Twitter.

"OS PIORES VENTOS ESTÃO POR CHEGAR", completou o NWS.

As cidades de Naples, Fort Myers e as densamente povoadas penínsulas da baía de Tampa (oeste da Flórida) estão na rota do furacão, com ameaças de ondas de até 4,5 metros.

"Isto vai ser horrível", disse o governador da Flórida, Rick Scott, ao canal NBC neste domingo.

"Agora temos que buscar refúgio e cuidar uns dos outros".

Mais de 430.000 casas e estabelecimentos comerciais estavam sem energia elétrica, principalmente no sul da Flórida, segundo a empresa Florida Power and Light, que anunciou o desligamento "de forma segura" de um dos reatores nucleares de sua central em Turkey Point

Fortes inundações em Cuba

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Residentes locais retornam para casa após a passagem do Irma pela caribenha província de Villa Clara - ADALBERTO ROQUE / AFP
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Um homem anda em uma rua inundada durante a passagem do furacão Irma em Havana, Cuba, no sábado (9) - YAMIL LAGE / AFP
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Uma forte onda quebra no Malecón de Havana, em Cuba, nesse sábado (9) - YAMIL LAGE / AFP
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Os cubanos ficam de frente para um edifício em colapso em Havana, Cuba, nesse sábado (9) - YAMIL LAGE / AFP
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Árvore cai com a chegada do furacão Irma neste domingo (10), em Miami, na Flórida - JOE RAEDLE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP

Cuba, que foi afetada pelo Irma na sexta-feira, registrava fortes inundações no litoral noroeste, de Matanzas a Havana, "com ondas de entre 6 e 9 metros", informou o Instituto de Meteorologia cubano.

A água do mar, que atingiu o simbólico Malecón, avançou 250 metros na capital. Ao menos 1,5 milhão de moradores abandonaram suas casas na ilha, onde os ventos derrubaram árvores e postes de energia elétrica.

As autoridades não anunciara vítimas fatais, e sim "danos materiais significativos".

Agora, o poderoso furacão afeta os Estados Unidos.

Quase 6,3 milhões de habitantes, o que representa mais de 25% da população da Flórida, receberam ordem de evacuação, o que criou "cidades fantasma".

O arquipélago das Keys é particularmente vulnerável ao aumento do nível do mar.

O NHC advertiu que espera "tempestades que coloquem em risco a vida dos moradores nas Keys e na costa oeste da Flórida".

A cidade de Fort Lauderdale, 50 km ao norte de Miami, registrou um tornado. As autoridades emitiram advertências em vários condados.

Mudança de trajetória

"Nosso estado nunca passou por nada desta magnitude", resumiu o governador da Flórida, Rick Scott.

A trajetória do furacão registrou uma leve mudança e parece que seguirá mais para a costa oeste do que para a costa atlântica, mas o fenômeno é tão amplo que especialistas preveem destruição nas duas pontas.

"A ameaça de grandes inundações provocadas pelas ondas nas costas leste e oeste da Flórida aumentou", advertiu o governador. 

"Você pode proteger a sua casa (...) Não vai sobreviver ao aumento do nível da água. Se recebeu a ordem de evacuação, deve sair agora", completou.

Miami Beach parecia uma "cidade fantasma" no sábado, nas palavras do prefeito da cidade, de quase 100.000 habitantes, Phil Levine, que chamou o Irma de "furacão nuclear".

"O vento está aumentando (...) Miami é propensa às inundações, quando um furacão empurra a água é muito preocupante", disse.

Apesar das advertências, algumas pessoas decidiram permanecer em suas casas e enfrentar as consequências. 

"Este é o pior cenário para a nossa cidade e nossa região", afirmou o prefeito de Fort Myers, cidade da costa oeste, ao mesmo tempo em que tentou tranquilizar a população: "Estamos preparados".

Mais de 54.000 moradores já encontraram refúgio em 320 abrigos criados ao longo da Flórida, afirmou o governador Scott, que fez um apelo de mobilização.

"Precisamos de 1.000 enfermeiras voluntárias para ajudar nos abrigos".

O furacão Irma deixou 25 mortos nas ilhas do Caribe: 10 na parte francesa e dois na área holandesa de Saint Martin, quatro nas Ilhas Virgens americanas, seis nas Ilhas Virgens britânicas e no arquipélago de Anguilla, dois en Porto Rico e um em Barbuda.

Nas devastadas ilhas de Saint Martin e Saint Barth, as equipes de emergência trabalhavam contra o tempo para ajudar os traumatizados habitantes antes da chegada de outro poderoso furacão, José, que finalmente passou mais longe da costa do que o que estava inicialmente previsto.

Um terceiro furacão atingiu o oeste do Golfo do México. Katia tocou a terra na sexta-feira à noite no estado mexicano de Veracruz, mas foi rebaixado a tempestade tropical, um pequeno alívio para o país, que sofreu um terremoto de 8,2 graus na quinta-feira à noite, que deixou mais de 60 mortos.

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