Palestina

Tribunal palestino liberta sob fiança influente ativista

Um tribunal palestino libertou sob fiança neste domingo (10) o influente defensor palestino dos direitos humanos Isa Amro.

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Publicado em 10/09/2017 às 12:25
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Um tribunal palestino libertou sob fiança neste domingo (10) o influente defensor palestino dos direitos humanos Isa Amro. - FOTO: Foto: AFP
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Um tribunal palestino libertou sob fiança neste domingo (10) o influente defensor palestino dos direitos humanos Isa Amro, preso no último dia 4 depois de ter criticado o governo do presidente Mahmud Abbas, anunciou seu advogado, Muhanad Karaja.

"Pedimos que Isa fosse libertado sob fiança, e a promotoria e o tribunal aceitaram, em troca, um depósito de 1,45 mil dólares", disse Karaja à AFP.

Acusado, segundo militantes, de ter "provocado dissensões", Amro foi detido por forças de segurança palestinas em Hebron, sul da Cisjordânia ocupada.

Segundo Karaja, ele também é acusado de ter criado uma página na web destinada a "minar a segurança do Estado", em violação a uma nova lei palestina sobre crimes na internet.

Esta lei foi criticada por ONGs, que afirmam que a mesma poderia ser usada contra críticos das autoridades palestinas.

Dezenas de militantes se reuniram hoje em frente à promotoria para protestar contra a prisão de Amro. As ONGs Anistia Internacional (AI) e Human Rights Watch (HRW) também denunciaram a detenção.

É "uma nova prova de que as autoridades palestinas estão determinadas a continuar sua campanha repressiva contra a liberdade de expressão", estimou a Anistia.

Isa Amro é o fundador da "Juventude contra as Colônias", ONG que realiza uma campanha na cidade de Hebron, onde centenas de soldados defendem um grupo de colonos israelenses instalados em um enclave localizado em plena cidade.

No começo de setembro, o defensor dos direitos humanos havia criticado em uma rede social a prisão do jornalista de Hebron Ayman Qawasmeh pela Autoridade Palestina.

Amro também enfrenta há anos acusações em Israel por "incitação à violência". Ele negou todas, alegando que têm o objetivo de dificultar uma resistência pacífica à ocupação israelense dos Territórios Palestinos.

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