Dezenas de milhares de pessoas foram evacuadas em Moscou nesta quarta-feira (13) após falsos alertas de bomba, último episódio de uma série esta semana em lugares públicos em toda a Rússia, informou a imprensa local.
De acordo com a agência de notícias Ria Novosti, as estações de Yaroslavski, Kievski e Kazanski e as famosas lojas GUM, na Praça Vermelha, figuravam entre os vinte lugares públicos da capital russa que foram evacuados após várias chamadas anônimas alertando para a presença de bombas.
"Às 16h45 GMT [10h45 de Brasília], 23 locais de Moscou receberam telefonemas de ameaça", informou à Ria Novosti um funcionário da polícia municipal.
Contactados pela AFP, os ministérios das Situações de Emergência e do Interior não quiseram comentar estas informações.
As chamadas anônimas começaram na segunda-feira (11), principalmente na parte ocidental da Rússia, e no dia seguinte se espalharam para o resto do país. Nesta quarta-feira, além de Moscou, alertas de bomba foram emitidos em várias cidades da Sibéria e do Extremo Oriente russo.
De acordo com Ria Novosti, 45 mil pessoas no total foram evacuadas.
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Ameaças
Um mapa estabelecido pelo site independente Meduza informava que 27 localidades na Rússia receberam ameaças de bomba, embora nenhum artefato explosivo tenha sido encontrado.
Em Omsk, 56 edifícios tiveram que ser evacuados na segunda-feira, enquanto a cidade de Stávropol (sudoeste) recebeu 42 ligações anônimas alertando sobre a presença de bombas, segundo Meduza.
As autoridades russas não reagiram publicamente a esta onda de alertas.
A Rússia intensificou suas medidas de segurança desde o ataque no metrô de São Petersburgo, que matou 16 pessoas e fez dezenas de feridos em 3 de abril.
Desde o início de sua intervenção militar na Síria, em setembro de 2015, a Rússia, aliada do regime de Bashar Al-Asad, tem sido ameaçada pelo grupo Estado islâmico (EI) e pela ex-facção síria da Al-Qaeda.