A cidade de Roma anunciou nesta quarta-feira (13) a implementação de um plano de desinfecção extraordinário após uma série de casos suspeitos ou comprovados de chikungunya, uma medida considerada tardia pela ministra de Saúde.
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"A prefeita de Roma, Virginia Raggi assinou a ordem para lutar contra a emergência sanitária devido aos casos suspeitos e comprovados de chikungunya transmitida pelo mosquito" Aedes albopictus, anunciou a prefeitura em um comunicado.
Será implementado "em todas as zonas urbanas nas que foram verificados casos clínicos notificados pelas autoridades sanitárias locais", detalhou a prefeitura.
Um total de 17 casos de chikungunya foram detectados nos últimos dias na região de Lácio (centro), seis deles em Roma, segundo os dados do Serviço Regional de Vigilância de Doenças Infecciosas (Seresmi).
Uma dezena de casos ocorreram em casas de pessoas que vivem ou que se hospedavam na comuna de Anzio, a 50 km da capital, onde já foram realizados trabalhos de desinfecção.
É provável que essas zonas tenham sido infectadas por um mosquito contaminado presente no local, segundo o Seresmi.
A ministra italiana da Saúde, Beatrice Lorenzin, considerou que a prefeita de Roma reagiu tarde demais. "Passou tempo demais desde o pedido de intervenção das autoridades sanitárias locais", em 7 de setembro, lamentou a ministra na quarta-feira.
Lorenzin advertiu, ainda, que é "muito provável" que se decida "interromper as doações de sangue" na capital italiana.
Número de casos
Em 2007, foram detectados cerca de 250 casos de chikungunya na região de Emília-Romanha (norte), provavelmente transmitidos por um viajante que tinha sido infectado na Índia, onde havia uma epidemia.
A chikungunya é uma doença tropical que provoca dores intensas nas articulações e que ameaça a Europa, onde se instalou o Aedes albopictus, que transmite o vírus.