Os líderes democratas no Congresso saíram na quarta-feira (12) de uma reunião com o presidente Donald Trump anunciando avanços em um acordo para proteger os jovens imigrantes e reforçar a segurança na fronteira, sem incluir o polêmico muro prometido pelo republicano em sua campanha.
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Os líderes das minorias democratas no Senado, Chuck Schumer, e na Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, afirmaram que tiveram uma reunião "muito produtiva" com Trump, com um debate concentrado no destino dos jovens imigrantes que entraram de modo ilegal nos Estados Unidos quando eram crianças.
O antecessor de Trump, Barack Obama, havia protegido estes imigrantes conhecidos como "dreamers" (sonhadores) como o decreto de Ação Diferida para Chegadas na Infância, conhecido pela sigla DACA.
Mas Trump acabou com o programa e solicitou ao Congresso uma solução legal dentro dos próximos seis meses.
Muro
"Concordamos em incluir rapidamente as proteção do DACA em uma lei e trabalhar em um pacote de segurança na fronteira, excluindo o muro, o que é aceitável para as duas partes", afirmaram Schumer e Pelosi em um comunicado conjunto.
A Casa Branca, que pouco antes havia divulgado um comunicado curto que mencionava um "jantar de trabalho construtivo", concentrado na reforma tributária, segurança de fronteira, DACA e na necessidade de soluções bipartidárias, rapidamente rejeitou a descrição dos líderes democratas para o encontro.
"Embora o DACA e a segurança na fronteira tenham sido discutidos, excluir o muro certamente não foi acordado", escreveu a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, no Twitter.
Um assessor de Schumer também ajudou a explicar a questão.
"O presidente deixou claro que ele continuará trabalhando pelo muro, mas não como parte deste acordo", disse Matt House.
Trump insiste em sua ideia de construir um muro na fronteira com o México. Mas o financiamento para o projeto deve ser abordado em negociações sobre o orçamento, e não por meio de uma lei sobre o programa DACA.
Os avanços aparentemente obtidos no jantar são outro sinal de que o presidente republicano parece ficar mais confortável negociando com a oposição democrata do que com líderes do próprio partido no Congresso.