O presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu nesta quarta-feira (20) a manutenção do acordo sobre o programa nuclear iraniano assinado em 2015, mas ampliado com medidas para restringir o desenvolvimento de mísseis balísticos e prolongar os limites do enriquecimento de urânio.
"Temos que manter o acordo de 2015 porque é um bom acordo com um controle rigoroso da situação atual, e temos que adicionar dois ou três pilares", disse Macron a jornalistas na Assembleia Geral da ONU.
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Entre esses "pilares", Macron mencionou um para melhor controlar os mísseis balísticos e outro para estender o acordo além de 2025, quando as limitações ao enriquecimento nuclear do Irã começam a expirar.
Um possível terceiro pilar envolveria "discussões abertas com o Irã sobre a situação atual na região".
As medidas citadas por Macron cobrem as principais demandas do presidente americano Donald Trump, que ameaçou declarar o Irã em violação do acordo de 2015 e impor novas sanções ao governo de Teerã.
Os parceiros europeus de Washington continuam a apoiar o acordo, que eles veem como a melhor e única maneira de evitar que o Irã desenvolva armas nucleares.
"Seria um erro abandonar o acordo sem mais nada", disse Macron.
Concluído em 14 de julho de 2015 em Viena após mais de uma década de negociações, o acordo entre Teerã e seis potências mundiais (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha) garante a natureza civil do programa nuclear iraniano em troca do levantamento de sanções.