O vice-presidente do Equador, Jorge Glas, investigado no caso de corrupção envolvendo o grupo Odebrecht, compareceu novamente para depor sobre o caso na Procuradoria, nesta terça-feira.
"Mais uma vez, estou comparecendo, colaborando com a investigação, e ponto a ponto derrubando os supostos indícios que utilizaram para a vinculação no processo de instrução", disse Glas ao sair da Procuradoria.
Glas, que foi afastado de suas funções pelo presidente Lenín Moreno, em meio à profunda divisão entre os governistas, foi ouvido durante mais de nove horas pelo procurador Wilson Toainga.
Estou "enfrentando um linchamento da mídia e de uma oposição orquestrada que têm pressionado o sistema de justiça", declarou Glas, vice-presidente desde 2013.
Confissão
José Conceição Filho, ex-diretor da Odebrecht no Equador, confessou ter pago ao menos 14,1 milhões de dólares a Glas em troca de contratos de obras com o governo.
O vice-presidente nega ter recebido qualquer suborno da Odebrecht e afirma que se reuniu com representantes do grupo apenas para exigir correções em obras do grupo.