O plebiscito na Catalunha ocorre em 73% dos 6 mil postos de votação, apesar da repressão policial, informa Jordi Turull, porta-voz do governo da Catalunha. Em Madri, aproximadamente 300 pessoas se reúnem na Praça Maior para protestar pela união da Espanha e contra o plebiscito. Alguns manifestantes também se concentram em frente à sede do governo regional.
Em Madri, os manifestantes carregam bandeiras da Espanha e aplaudiram o envio de policiais para a Catalunha.
Turull pediu que os catalães permaneçam calmos e pacientes, mas que defendam de "maneira cívica e pacífica" o direito ao voto. Turull enfatizou que o mundo está vendo a violência do estado espanhol e que as ações da polícia lembram a repressão da era Franco, em referência ao ditador Francisco Franco.
Os policiais da Guarda Civil e da Polícia Nacional, enviados à região, vêm apreendendo urnas, cédulas e materiais eleitorais. A polícia fez uso, inclusive, de balas de borracha contra uma multidão em Barcelona.
O militante catalão Rafael Ribo disse que fará uma reclamação formal às autoridades europeias, incluindo o Conselho Europeu, contra as táticas do governo espanhol para impedir o plebiscito. Ribo disse que as forças do governo usaram "táticas desproporcionais", "violência contra cidadãos" e "tem pouco respeito pelos direitos humanos". Ele pediu para o governo parar com os atos de violência contra cidadãos.
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O presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, disse que a "brutalidade policial irá envergonhar para sempre o estado espanhol". Puigdemont foi recebido com aplausos em um ginásio onde pretendia votar. "Hoje, o estado espanhol perdeu muito mais do que já havia perdido, enquanto a Catalunha ganhou", disse.
Resposta
Em resposta, o governo da Espanha disse que as forças de segurança agem "profissionalmente" para fazer valer a decisão judicial e impedir o plebiscito proibido.
Enric Millo, delegado dos governos centrais na região Nordeste, agradeceu à Polícia Nacional e Guarda Civil pelos esforços para "supervisionar a segurança de todos os catalães e garantir seus direitos". Ele disse, inclusive, que os eventos de hoje na Catalunha "não podem ser registrados como um plebiscito ou algo similar". Fonte: Associated Press.