A região espanhola da Catalunha enfrenta nesta terça-feira (3) uma greve geral, com o apoio dos principais sindicatos e organizações pró-independência, em protesto pela atuação policial do último domingo (1º) contra o referendo de independência. A informação é da Agência EFE.
A convocação tem repercussão "elevada" em setores como o transporte, comércio e a agricultura, segundo os sindicatos minoritários, que estimulam a mobilização, a que chamam de "greve geral". Os sindicatos majoritários, como a UGT e CC.OO, que têm caráter estatal e se somaram ao protesto, a denominam "greve no país".
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Um total de 24 manifestações fecharam o tráfego em várias vias da Catalunha, provocando retenções, em alguns casos, de mais de 10 quilômetros, segundo o Serviço Catalão de Transporte.
O governo da Catalunha realizou no último domingo um referendo separatista, declarado ilegal pelo Tribunal Constitucional. Participaram da consulta, de acordo com o executivo catalão, 2,2 milhões de pessoas.
Durante o dia, foram registradas ações policiais e despejos de colégios eleitorais por ordem judicial para evitar a votação. Essas ações deixaram mais de 800 feridos, dois deles em estado grave, informou o governo.
Protesto
Inicialmente, o protesto foi convocado para mostrar a rejeição pelas prisões e os registros policiais da semana passada a fim de evitar o referendo, mas a ação da polícia no último domingo levou à mudança do sentido do protesto.
O governo regional da Catalunha, que já tinha estabelecido serviços mínimos para a greve inicial, os rebaixou, de modo que em setores importantes como ferrovia, metrô e ônibus de Barcelona ficam sensivelmente reduzidos, da 50% para 25%.
A greve deve ter impacto no transporte público, na administração pública, educação e saúde.
A UGT e CC.OO da Catalunha preveem que a greve tenha repercussão menor na indústria. A principal empresa industrial da Catalunha, a automobilística Seat, planeja manter suas atividades normalmente.