Escândalo

Legislador 'pró-vida' dos EUA renuncia após escândalo por aborto

Murphy, legislador da Pensilvânia por oito mandatos, é popular entre os membros do movimento "pró-vida", e recentemente patrocinou o projeto de lei que criminaliza a maioria dos abortos depois das 20 semanas de gestação. 

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Publicado em 05/10/2017 às 21:03
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Murphy, legislador da Pensilvânia por oito mandatos, é popular entre os membros do movimento "pró-vida", e recentemente patrocinou o projeto de lei que criminaliza a maioria dos abortos depois das 20 semanas de gestação.  - FOTO: Foto: J. Scott Applewhite
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O republicano Tim Murphy, um legislador anti-aborto que foi preso tentando convencer sua amante a pôr fim à gravidez, anunciou nesta quinta-feira que renuncia ao cargo no Congresso dos Estados Unidos. 

A medida foi adotada um dia depois de ter anunciado que não tentaria se reeleger em novembro de 2018. 

"Esta tarde recebi uma carta de renúncia do deputado Tim Murphy, efetiva a partir de 21 de outubro", informou o presidente da Câmara de Representantes, Paul Ryan, em um comunicado. "Foi decisão do Dr. Murphy passar ao capítulo seguinte de sua vida, e eu o apoio", acrescentou.

Murphy, legislador da Pensilvânia por oito mandatos, é popular entre os membros do movimento 'pró-vida', e recentemente patrocinou o projeto de lei que criminaliza a maioria dos abortos depois das 20 semanas de gestação. 

As críticas a Murphy surgiram quando o jornal Pittsburgh Post-Gazette publicou um artigo sobre seu estridente escândalo sexual, justo quando a Câmara votou o projeto. 

Envolvimento 

Murphy, de 65 anos, reconheceu no mês passado que teve um romance extramatrimonial com Shannon Edwards, uma psicóloga que trabalhou com ele em uma lei sobre saúde mental. 

Na terça-feira, o Gazette informou que Edwards enviou uma mensagem de texto a Murphy em janeiro no qual o recriminou por uma declaração anti-aborto em sua conta de Facebook. 

"Você ão tem nenhum problema em publicar a sua postura pró-vida por todos os lados quando você não hesitou em me pedir para abortar o nosso filho na semana passada", escreveu Edwards sobre um aparente falsa alarme de gravidez, segundo o Gazette. 

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